A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou o registro de dois casos de COVID-19 provocados pela BQ.1.1, variante da ômicron. A identificação da nova cepa foi feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através de sequenciamento genético. Não há pesquisas que indiquem que ela apresente maior gravidade do que outras. Porém, existe a suspeita de que ela possa estar provocando um aumento do número de casos de Covid-19 em diversos países do mundo.
Recentemente, um caso da subvariante BQ.1 foi registrado na cidade Rio de Janeiro, onde foi verificado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, aumento de 52% de novos casos de Covid-19 em duas semanas.
A recomendação à população é que quem não tomou dose de reforço da vacina contra a Covid-19 procure o quanto antes uma unidade de saúde para fazê-lo. De acordo com autoridades de saúde, o reforço da imunização é capaz de proteger contra internação e óbito.
As variantes do COVID-19 parecem ter mutado o suficiente do vírus original para que certas terapias não funcionem mais contra elas. BQ.1.1, a mais nova subvariante Omicron, juntamente com sua variante irmã BQ.1, representa cerca de 11% dos novos casos de COVID-19 nos EUA, embora as proporções possam ser subestimadas devido ao declínio nos esforços de vigilância de vírus e testes de PCR.
Da mesma forma, mais variantes do COVID-19 podem estar circulando sem serem detectadas. À medida que essas novas subvariantes competem umas com as outras, uma delas pode se tornar dominante e mais resistente às vacinas.
Os tratamentos atuais funcionam contra a BQ.1.1?
Como os tratamentos com anticorpos monoclonais COVID-19 foram desenvolvidos no início da pandemia, estudos recentes sugerem que esses tratamentos podem não funcionar tão bem contra as subvariantes Omicron, que parecem muito diferentes da cepa original. Ou seja, para combater a pandemia de forma equitativa, os fabricantes comerciais precisam criar versões atualizadas de tratamento para as variantes do Omicron.