Dia 02 de abril. Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
Devido à variedade de sintomas, o autismo foi tecnicamente denominado pelo DMS-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais), como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) porque abrange um amplo espectro de sintomas, habilidades e níveis de incapacidade. O autismo varia em gravidade com base no nível de comprometimento que limita a autonomia na vida cotidiana.
O Autismo ou TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que envolve principalmente três áreas:
- Linguagem e comunicação
- Interação social
- Interesses estreitos e estereotipados
As crianças com autismo têm dificuldade em se comunicar, entender os pensamentos dos outros e têm dificuldade de se expressar em palavras ou através de gestos e movimentos faciais.
Além de sofrer de hipersensibilização a ruídos e sons, as crianças autistas podem estar sujeitas a movimentos corporais repetitivos e estereotipados, como balanço, autoestimulação ou palmas.
Além disso, eles podem ter respostas incomuns a pessoas, apego a objetos, resistência a mudanças em sua rotina ou comportamento agressivo ou autodestrutivo. Às vezes pode parecer que pessoas, objetos ou atividades não são notados no ambiente circundante. Algumas crianças com autismo também podem desenvolver convulsões.
Algumas pessoas diagnosticadas com autismo são um pouco prejudicadas cognitivamente. Em contraste com o comprometimento cognitivo mais típico, que é caracterizado por atrasos relativamente uniformes em todas as áreas de desenvolvimento, as pessoas com autismo apresentam desenvolvimento desigual de habilidades. Eles podem ter problemas em algumas áreas, particularmente a capacidade de se comunicar e se relacionar com os outros. Mas eles podem ter habilidades anormalmente desenvolvidas em outras áreas, como desenhar, brincar, resolver problemas matemáticos ou memorizar fatos.
Por esse motivo, pessoas com autismo podem estar acima da média em testes de inteligência não verbais. Os sintomas do autismo aparecem tipicamente durante os primeiros três anos de vida. O autismo é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
Quais são as causas do autismo?
As causas do autismo, até o momento, ainda são desconhecidas, embora os pesquisadores concordem que, no espectro do autismo, as causas neurobiológicas, constitucionais e psico-ambientais adquiridas entram em ação.
Depois de receber um diagnóstico de autismo, a pergunta mais comum dos pais é “O que causou o autismo do meu filho?” Infelizmente, não há ainda uma resposta simples. Pesquisas indicam uma combinação de possíveis causas de autismo que podem ou não desempenhar um papel no diagnóstico.
Existem três categorias de fatores de risco que contribuem para o autismo: genético, ambiental, diferenças na biologia cerebral. A pesquisa argumenta que uma combinação desses fatores de risco resulta em autismo, mas assim como toda criança com transtorno do espectro do autismo é diferente, as “causas” ou “combinações” potenciais de fatores de risco se manifestam de forma diferente.
Como é feito o diagnóstico do Autismo?
O diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é feito com referência à classificação internacional de transtornos mentais através do DSM-5.
No novo DSM-5, os subtipos de autismo são agrupados em uma única categoria chamada “Transtornos do Espectro Autista“, exceto pela Síndrome de Rett, que foi classificada como um distúrbio neurológico.
Além dos “Distúrbios do Espectro do Autismo”, o DSM-5 introduziu o “distúrbio da comunicação social” que se sobrepõe, mas apenas parcialmente, ao autismo. Isso porque requer a presença de um “prejuízo da linguagem pragmática” e um prejuízo “no uso social da comunicação verbal e não verbal”.
Obs: Este conteúdo é informativo e não substitui a consulta médica especializada.
